A COLONIZAÇÃO PORTUGUESA DO BRASIL

Ao chegar no Brasil, em 1500, os portugueses não encontraram ouro nem prata, isso explica por que nas primeiras década de 1500, o governo português tinha pouco interesse pelo Brasil. Nessa época, o rei de Portugal enviava para o território expedições exploradoras e policiadoras.

Ao saber da existência do pau-brasil, o governo mandou construir feitorias para proteger a costa brasileira. O trabalho de corte e transporte era realizado pelos índios.Em troca, os indígenas recebiam espelhos, tesouras, roupas e objetos úteis a eles, essa troca era chamada de escambo.

Em 1530, ele envia uma expedição colonizadora, comandada por Martim Afonso de Sousa, em 1532, ele funda São Vicente, a primeira vila do Brasil.

MARTIM AFONSO DE SOUZA

CAPITANIAS HEREDITÁRIAS

Foram 15 faixas de terras, na qual o governo português dividiu o território brasileiro e entregou a nobres de confiança. 

Como administradores os donatários tinham deveres e direitos. 

Deveres: cuidar da defesa, expandir o catolicismo e desenvolver a agricultura da cana-de-açúcar. 

Direitos: 5% no negócio do pau-brasil, escravizar e vender índios, cobrar impostos em rios e portos, fundas vilas e doar sesmarias (grandes propriedades de terra). O donatário também tinha o direito a uma grande sesmaria.

Diante do fracasso das capitanias, o rei de Portugal decidiu aumentar seu controle sobre o brasil criando o Governo - Geral. 

Em março de 1530, chegou ao brasil, o primeiro governador-geral, Tomé de Sousa acompanhado de três oficiais:

O capitão-mor: encarregado da defesa.

O ouvidor-mor: encarregado pela justiça.

O provedor-mor: encarregado das finanças.

TOMÉ DE SOUSA

Tomé de Sousa foi o responsável pela fundação da cidade de Salvador, a primeira capital do Brasil em 1549.

O segundo governador, Duarte da Costa (1553-1558), também veio acompanhado de vários colonos. 

Nessa época ocorreu no litoral baiano, a guerra de Itapuã entre os índios e portugueses e os portugueses se apossaram das terras indígenas e escravizaram-nos .

Mem de Sá (1558-1572), o terceiro governador-geral, também venceu vários grupos indígenas revoltados contra a dominação portuguesa.

MEM DE SÁ

Durante seu governo, os franceses se aliaram aos índios tupinambás e invadiram a Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. Comandados por Estácio de Sá, os portugueses conseguiram expulsar os indígenas fundando a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro (1565).

Após a morte de Mem de Sá, em 1572, o território colonial foi dividido em dois governos. O governo do Norte, com capital em Salvador e o governo do Sul, com capital no Rio de Janeiro.

Em 1621, Portugal volta a dividir o território colonial  em duas áreas administrativas:

O Estado do Maranhão com capital em São Luís e  o Estado do Brasil com capital em Salvador.

Em 1763, a capital do território colonial brasileiro foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro, devido a sua proximidade com a região das minas.

AS CÂMARAS MUNICIPAIS

Eram órgãos encarregados de administrar as vilas e cidades brasileiras.

Eram administradas pelos vereadores – homens ricos e descendentes de portugueses - “homens bons”.

Não eram aceitos para o cargo de vereador os descendentes de negros e judeus.

Os “homens bons” decidiam sobre os impostos locais e a sua arrecadação, os salários dos trabalhadores livres e a conservação, limpeza das ruas.

No Brasil Colonial, o governo e a Igreja Católica atuaram em conjunto, enquanto o governo português cuidava do aproveitamento econômico e da administração das terras, a igreja difundia os hábitos europeus de trabalho e comportamento, a Igreja Católica tinha grande força no Brasil Colonial. Por isso podemos dizer, que a Igreja exercia certo controle sobre a vida social.

A ordem dos jesuítas foi fundada por Inácio de Loyola, em meados do século XVI e seu objetivo principal era divulgar o catolicismo na Europa, Ásia, África e América. Até 1580, os jesuítas foram os missionários oficiais da coroa portuguesa.