quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

ROMA ANTIGA

A Itália é uma península que avança pelo Mar Mediterrâneo, a leste é banhada pelo Mar Adriático e a oeste pelo Mar Tirreno.


Os principais povoadores da Península Itálica foram os Itálicos (Latinos e Sabinos), Etruscos e Gregos.


No século X a.C., no Monte Palatino havia várias aldeias habitadas pelos latinos, que viviam do pastoreio e por volta do século VIII a.C. vendo-se ameaçados pelos sabinos, os latinos se uniram e essa união de aldeias deu origem a cidade de Roma.


A história de Roma divide-se em três períodos sucessivos: Monarquia, República e Império.

MONARQUIA (753 a 509 a.C.)


Foi um período marcado pela influência dos etruscos e dos gregos, nessa época a cidade de Roma era governada por um rei e auxiliada por um conselho denominado Senado.

A sociedade romana dividia-se em quatro grupos sociais:




PATRÍCIOS:

Grandes proprietários de terras.

PLEBEUS:

Agricultores, artesãos e mercadores.

CLIENTES:

Prestadores de serviços.

ESCRAVOS:

Prisioneiros de guerra ou endividados.


Em 509 a.C., os patrícios que controlavam o Senado derrubaram o rei etrusco Tarquínio, o Soberbo e fundaram a República Romana.

TARQUÍNIO, O SOBERBO


REPÚBLICA (509 a 27 a.C.)



A República Romana foi caracterizada pelo controle do poder exercido pelos patrícios. 

O SENADO ROMANO
Nesse período, Roma passou a ser governada pelos Magistrados, pelo Senado e pelas Assembleias (Centuriata e da Plebe), porém as mulheres e os escravos eram excluídos da política.

INSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA ROMANA

Dispostos a lutar por igualdade de direitos, os plebeus proveram várias revoltas e conquistaram os seguintes direitos:


TRIBUNATO DA PLEBE: 

Direito de eleger um tribuno da plebe.

LEIS DAS DOZE TABUAS: 

Leis escritas válidas para patrícios e plebeus.

MAGISTRADOS DA REPÚBLICA ROMANA
Com o aumento do poder dos plebeus formou-se uma nova aristocracia formada por patrícios e plebeus, possibilitando assim nos séculos V e III a.C., a conquista de toda a Península Itálica. Depois de conquistar a Península Itálica, Roma voltou-se contra Cartago, pela disputa do controle do comércio no Mar Mediterrâneo (parte ocidental).


O povo de Cartago era chamado pelos romanos de púnicos (fenícios), por esses motivos as guerras com Cartago são chamadas de Guerras Púnicas que duraram de 264 a 146 a.C. Ao todo foram três as Guerras Púnicas que culminou com a vitória dos romanos, eles destruíram Cartago e transformaram seu território em província romana.

Os romanos conquistaram a Macedônia, a Grécia e parte da Ásia Menor, onde a cultura grega conquistou o povo romano, sendo absorvida por eles e todo o seu legado cultural.



Devido à política de guerras, grande parte dos plebeus se endividou e venderam suas terras, o que ocasionou uma série de tensões sociais e o exército, representado pelos altos generais, tornou-se poderoso e passou a interferir na política, resultando no fim da República e o início do Império.   


A CRISE DA REPÚBLICA ROMANA



Em 60 a.C., três generais romanos (Júlio César, Pompeu e Crasso) formam o Primeiro Triunvirato e dividem o poder da República Romana entre si. Com a morte de Crasso, Pompeu e César disputam o poder, César vence e implanta uma ditadura sobre Roma.




Devido a suas reformas populares, os senadores acusavam César de trair a República e desejar a volta da Monarquia, e em 44 a.C, César é assassinado por uma conspiração organizada pelos senadores.

ASSASSINATO DE JÚLIO CÉSAR (44 a.C.)
Com a morte de César instaura-se o Segundo Triunvirato formado pelos generais Otávio, Marco Antônio e Lépido, no qual Lépido foi afastado do poder, e Otávio disputa o poder com Marco Antônio e o vence em 27 a.C.




Ao regressar a Roma, recebeu vários os seguintes títulos atribuídos ao Senado Romano:


PODER TRIBUNÍCIO: 

Sacrossanto e inviolável.

IMPÉRIO PROCONSULAR:

Comandante absoluto do exército em todas as províncias.

PONTÍFICE MÁXIMO:

Chefe da religião romana.

PRÍNCIPE:

Primeiro cidadão e líder do Senado.

IMPERADOR:

Comandante supremo do exército.

AUGUSTO:

“Venerado” – título atribuído aos deuses


Com todas essas nomeações, a República Romana chega ao fim e se inicia o Império.


O IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 476 d.C.)



Dono de um poder extraordinário, Augusto dedicou-se a promover uma série de reformas que mudaram totalmente a antiga organização republicana e durante o seu governo teve início a Pax Romana (200 anos de paz e estabilidade política e econômica).

O IMPÉRIO ROMANO NA ÉPOCA DE OTÁVIO AUGUSTO

Após a morte de Augusto em 14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores (Alto Império: 27 a.C. a 235 d.C.). Terminado esse período, inicia-se o Baixo Império (235 a 476 d.C.), caracterizado pela decadência do Império.


INSTITUIÇÕES POLÍTICAS DO IMPÉRIO ROMANO



IMPERADORES ROMANOS DO ALTO IMPÉRIO



Dinastia Júlio – Claudiana (14 – 68 d.C.):

Os imperadores descendiam das famílias patrícias: Tibério, Calígula, Cláudio e Nero.

Dinastia dos Flávios (69 – 96 d.C.):

Os militares predominaram e mantiveram o Senado sob rígido controle: Vespasiano, Tito e Domiciano.

Dinastia dos Antoninos (96 a 192 d.C.):

Apogeu do Império Romano: Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio e Cômodo.

Dinastia dos Severos (193 a 235 d.C.):

Declínio do Império com as invasões bárbaras: Sétimo Severo, Caracala, Heliogábalo e Severo Alexandre.

A partir do século III d.C., uma crise interna e as invasões bárbaras contribuíram para a decadência do Império.

Entre as causas da decadência, temos:

  •          A falta de escravos,

  •         O aumento dos impostos,

  •          Revoltas internas,

  •          As invasões bárbaras.

Para solucionar os problemas aparentes na administração imperial, Diocleciano cria a tetrarquia em 284 d.C, o Imperador Constantino muda a capital do Império para Constantinopla em 330 d.C e o Imperador Teodósio dividiu o território romano em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano de Oriente, com capital em Constantinopla.

Em 476 d.C., Odoacro, rei dos hérulos, depõe o último imperador de Roma, Rômulo Augusto – este acontecimento assinala o fim do Império Romano do Ocidente.


A RELIGIOSIDADE ROMANA E O CRISTIANISMO



A religião romana era caracterizada pelo politeísmo e tinha como principal característica a assimilação das divindades gregas com nomes latinos e seu caráter cívico, no qual o Imperador era venerado como se fosse um deus.


Nos tempos do governo de Otavio Augusto, nasce na Palestina, Jesus de Nazaré, o fundador do Cristianismo. O cristianismo é monoteísta e acredita que Jesus Cristo é o messias do Antigo Testamento e é caracterizada pelo amor ao próximo, a humildade e a igualdade.

Sua base doutrinária é a Bíblia formada pelo Antigo Testamento (Bíblia Hebraica) e pelo Novo Testamento (Evangelhos, Cartas dos Apóstolos e Escritos Históricos). Os cristãos eram duramente perseguidos pelo Império Romano por não aceitarem o politeísmo romano e a veneração ao Imperador.

Foi somente através do Edito de Milão em 312 d.C., os cristãos receberam a liberdade de culto e em 391 d.C., Teodósio, transformou o cristianismo na religião oficial do Império. Paralelamente a esse processo de oficialização do cristianismo, organizou-se a Igreja Católica Apostólica Romana, que adotou a estrutura administrativa do Império Romano.

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