A Itália é uma península que
avança pelo Mar Mediterrâneo, a leste é banhada pelo Mar Adriático e a oeste
pelo Mar Tirreno.
Os principais povoadores da
Península Itálica foram os Itálicos (Latinos e Sabinos), Etruscos e Gregos.
No século X a.C., no Monte
Palatino havia várias aldeias habitadas pelos latinos, que viviam do pastoreio
e por volta do século VIII a.C. vendo-se ameaçados pelos sabinos, os latinos se
uniram e essa união de aldeias deu origem a cidade de Roma.
A história de Roma divide-se
em três períodos sucessivos: Monarquia, República e Império.
MONARQUIA (753 a 509 a.C.)
Foi um período marcado pela
influência dos etruscos e dos gregos, nessa época a cidade de Roma era governada
por um rei e auxiliada por um conselho denominado Senado.
A sociedade romana
dividia-se em quatro grupos sociais:
PATRÍCIOS:
Grandes proprietários de
terras.
PLEBEUS:
Agricultores, artesãos e
mercadores.
CLIENTES:
Prestadores de serviços.
ESCRAVOS:
Prisioneiros de guerra ou
endividados.
Em 509 a.C., os patrícios
que controlavam o Senado derrubaram o rei etrusco Tarquínio, o Soberbo e
fundaram a República Romana.
TARQUÍNIO, O SOBERBO |
REPÚBLICA
(509 a 27 a.C.)
A República Romana foi
caracterizada pelo controle do poder exercido pelos patrícios.
O SENADO ROMANO |
Nesse período,
Roma passou a ser governada pelos Magistrados, pelo Senado e pelas Assembleias
(Centuriata e da Plebe), porém as mulheres e os escravos eram excluídos da
política.
INSTITUIÇÕES DA REPÚBLICA ROMANA |
Dispostos a lutar por
igualdade de direitos, os plebeus proveram várias revoltas e conquistaram os
seguintes direitos:
TRIBUNATO
DA PLEBE:
Direito de eleger um tribuno
da plebe.
LEIS
DAS DOZE TABUAS:
Leis escritas válidas para
patrícios e plebeus.
MAGISTRADOS DA REPÚBLICA ROMANA |
Com o aumento do poder dos
plebeus formou-se uma nova aristocracia formada por patrícios e plebeus,
possibilitando assim nos séculos V e III a.C., a conquista de toda a Península
Itálica. Depois de conquistar a Península Itálica, Roma voltou-se contra
Cartago, pela disputa do controle do comércio no Mar Mediterrâneo (parte
ocidental).
O povo de Cartago era
chamado pelos romanos de púnicos (fenícios), por esses motivos as guerras com
Cartago são chamadas de Guerras Púnicas que duraram de 264 a 146 a.C. Ao todo
foram três as Guerras Púnicas que culminou com a vitória dos romanos, eles
destruíram Cartago e transformaram seu território em província romana.
Os romanos conquistaram a
Macedônia, a Grécia e parte da Ásia Menor, onde a cultura grega conquistou o
povo romano, sendo absorvida por eles e todo o seu legado cultural.
Devido à política de
guerras, grande parte dos plebeus se endividou e venderam suas terras, o que
ocasionou uma série de tensões sociais e o exército, representado pelos altos
generais, tornou-se poderoso e passou a interferir na política, resultando no
fim da República e o início do Império.
A CRISE DA REPÚBLICA ROMANA
Em 60 a.C., três generais
romanos (Júlio César, Pompeu e Crasso) formam o Primeiro Triunvirato e dividem
o poder da República Romana entre si. Com a morte de Crasso, Pompeu e César
disputam o poder, César vence e implanta uma ditadura sobre Roma.
Devido a suas reformas
populares, os senadores acusavam César de trair a República e desejar a volta
da Monarquia, e em 44 a.C, César é assassinado por uma conspiração organizada
pelos senadores.
ASSASSINATO DE JÚLIO CÉSAR (44 a.C.) |
Com a morte de César
instaura-se o Segundo Triunvirato formado pelos generais Otávio, Marco Antônio
e Lépido, no qual Lépido foi afastado do poder, e Otávio disputa o poder com
Marco Antônio e o vence em 27 a.C.
Ao regressar a Roma, recebeu
vários os seguintes títulos atribuídos ao Senado Romano:
PODER
TRIBUNÍCIO:
Sacrossanto e inviolável.
IMPÉRIO
PROCONSULAR:
Comandante absoluto do
exército em todas as províncias.
PONTÍFICE
MÁXIMO:
Chefe da religião romana.
PRÍNCIPE:
Primeiro cidadão e líder do
Senado.
IMPERADOR:
Comandante supremo do
exército.
AUGUSTO:
“Venerado” – título
atribuído aos deuses
Com todas essas nomeações, a
República Romana chega ao fim e se inicia o Império.
O IMPÉRIO ROMANO (27 a.C. a 476 d.C.)
Dono de um poder
extraordinário, Augusto dedicou-se a promover uma série de reformas que mudaram
totalmente a antiga organização republicana e durante o seu governo teve início
a Pax Romana (200 anos de paz e
estabilidade política e econômica).
O IMPÉRIO ROMANO NA ÉPOCA DE OTÁVIO AUGUSTO |
Após a morte de Augusto em
14 d.C., sucederam-se quatro dinastias de imperadores (Alto Império: 27 a.C. a
235 d.C.). Terminado esse período, inicia-se o Baixo Império (235 a 476 d.C.),
caracterizado pela decadência do Império.
IMPERADORES ROMANOS DO ALTO IMPÉRIO
INSTITUIÇÕES POLÍTICAS DO IMPÉRIO ROMANO |
IMPERADORES ROMANOS DO ALTO IMPÉRIO
Dinastia
Júlio – Claudiana (14 – 68 d.C.):
Os imperadores descendiam
das famílias patrícias: Tibério, Calígula, Cláudio e Nero.
Dinastia
dos Flávios (69 – 96 d.C.):
Os militares predominaram e
mantiveram o Senado sob rígido controle: Vespasiano, Tito e Domiciano.
Dinastia
dos Antoninos (96 a 192 d.C.):
Apogeu do Império Romano:
Nerva, Trajano, Adriano, Marco Aurélio e Cômodo.
Dinastia
dos Severos (193 a 235 d.C.):
Declínio do Império com as
invasões bárbaras: Sétimo Severo, Caracala, Heliogábalo e Severo Alexandre.
A partir do século III d.C.,
uma crise interna e as invasões bárbaras contribuíram para a decadência do
Império.
Entre as causas da
decadência, temos:
- A falta de escravos,
- O aumento dos impostos,
- Revoltas internas,
- As invasões bárbaras.
Para solucionar os problemas
aparentes na administração imperial, Diocleciano cria a tetrarquia em 284 d.C,
o Imperador Constantino muda a capital do Império para Constantinopla em 330
d.C e o Imperador Teodósio dividiu o território romano em duas partes: Império Romano do Ocidente, com capital em Roma e Império Romano de Oriente, com capital em Constantinopla.
Em 476 d.C., Odoacro, rei
dos hérulos, depõe o último imperador de Roma, Rômulo Augusto – este acontecimento
assinala o fim do Império Romano do
Ocidente.
A RELIGIOSIDADE ROMANA E O CRISTIANISMO
A religião romana era caracterizada
pelo politeísmo e tinha como principal característica a assimilação das
divindades gregas com nomes latinos e seu caráter cívico, no qual o Imperador
era venerado como se fosse um deus.
Nos tempos do governo de
Otavio Augusto, nasce na Palestina, Jesus de Nazaré, o fundador do Cristianismo.
O cristianismo é monoteísta e acredita que Jesus Cristo é o messias do Antigo
Testamento e é caracterizada pelo amor ao próximo, a humildade e a igualdade.
Sua base doutrinária é a
Bíblia formada pelo Antigo Testamento (Bíblia Hebraica) e pelo Novo Testamento
(Evangelhos, Cartas dos Apóstolos e Escritos Históricos). Os cristãos eram
duramente perseguidos pelo Império Romano por não aceitarem o politeísmo romano
e a veneração ao Imperador.
Foi somente através do Edito
de Milão em 312 d.C., os cristãos receberam a liberdade de culto e em 391 d.C.,
Teodósio, transformou o cristianismo na religião oficial do Império.
Paralelamente a esse processo de oficialização do cristianismo, organizou-se a
Igreja Católica Apostólica Romana, que adotou a estrutura administrativa do
Império Romano.
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